Olá, comecei a escrever um livro e gostaria da opinião da galera...Segue o 1 capitulo.
DEMÔNIO INTERIOR – A RUÍNA
Terras ocultas
A batalha foi sangrenta, ninguém imaginava que o castelo sombrio resistiria tanto, as forças aliadas conseguiram adentrar com muito sacrifício, o capitão da tropa estava muito machucado mais seguia em frente sem temor.
- Vamos homens, estamos quase lá, precisamos chegar até o rei demônio antes que o sol se ponha.
Eles foram pelos corredores húmidos do castelo e cada vez mais se aprofundavam, não sabiam para que lado ir e sem perceber o número de soldados diminuía, estavam presos em um labirinto, quando o capitão parou de andar só restavam cinco homens com ele dos trinta que entraram.
- O que fazemos agora capitão?
- Não temam meus bravos amigos, só nós estamos entre a ruina e a vitória do reino.
- Mais meu capitão, estamos andando ao que me parece em círculos.
- Provavelmente uma artimanha do inimigo soldado, dizem que esse rei demônio tem poderes mágicos.
- Não é melhor recuamos capitão? Já não vejo nenhum raio de sol, e se for verdade o que dizem.
- É mesmo, e se for verdade que o rei se transforma em demônio ao sumir do último raio solar, estaremos condenados, realmente é melhor recuarmos capitão.
- Não chegamos tão longe para recuarmos, aqueles que estão com medo podem voltar, eu o enfrentarei sozinho se for necessário.
Os saldados apesar de estarem morrendo de medo não recuaram, eles continuaram adentrando mais e mais o castelo, até que chegaram em um salão enorme onde havia um trono de mármore branco e um senhor sentado nele, do alto entravam os últimos raios solares que batiam exatamente onde estava o trono, dando um brilho angelical.
- Sejam bem-vindos ao meu castelo, é uma pena terem chegado só agora, esperava mais dos soldados de Átriá.
- Seu reinado acaba hoje rei demônio, não permitiremos que destrua nossas terras, daremos um fim a isso tudo.
- Cuidado com suas palavras capitão, as palavras têm poder.
- Soldados não temam, ataquem com tudo!
Eles partiram para cima do rei que nem sequer se levantou, um a um os saldados caíram retalhados por uma lamina invisível.
- O que você fez!
- Você já irá descobrir capitão.
O capitão sacou sua espada e ao tentar se aproximar sentiu a lamina cortar seu rosto e recuou.
- Lute como homem seu covarde, deixe essas bruxarias de lado e me enfrente.
- Pois pensei que eu era o rei demônio, porque não utilizaria de meus poderes?
- Sabe que eu o venceria se não fosse por esses poderes.
- Pois bem capitão, depois de séculos me levantarei de meu trono, farei isso como último desejo de um moribundo.
O Rei demônio se levantou e uma espada cinzenta com detalhes de gravuras negras apareceu em sua mão.
- Venha, vamos testar suas habilidades.
O capitão sacou sua espada, era uma espada de fio duplo feita de uns dos mais fortes metais da terra, ela foi banhada em prata e agua santificada.
- Até que você luta bem capitão, mais não é o suficiente para ganhar de milênios de experiência.
A espada cinzenta atravessou o peito do capitão no mesmo instante que o último de seus soldados entrava no aposento.
- Capitão!
- Ora, ora, como você chegou até aqui rapaz, tenho certeza de ter matado todos os soldados.
O jovem correu até seu capitão, mais ele já estava sem vida, a luz do dia ficava mais fraca e apenas um minúsculo raio de sol ainda banhava o trono.
- Porque você faz isso? Nós nunca o perturbamos, porque agora resolveu assolar nosso reino?
- Meu jovem rapaz, o que entenderia você um pobre mortal sobre as atitudes de um ser como eu? Acabarei com suas preocupações, durma o sono eterno.
Ele se aproximou e brandiu sua espada contra o corpo do jovem e ia retalhar lhe ao meio, mais o jovem soldado foi mais rápido e bloqueou o ataque com a espada de seu capitão.
- Interessante, como fez isso?
- Fiz o que seu demônio?
Na altura do pescoço do garoto uma marca de nascença ficou vermelha e o rei demônio ficou confuso.
- Hum, lute comigo rapaz, e se conseguir me ferir eu o deixarei viver.
- Não pretendo apenas te ferir rei demônio, pretendo te matar.
- Não me faça rir garoto! Eu sou imortal, acho que você não entende o que isso significa.
Eles começaram a lutar e apesar da grande diferença o jovem soldado não se rendia.
- A quanto tempo não me divertia tanto, mais temo que a brincadeira acabou rapaz.
O rei demônio voltou a se sentar em seu trono de mármore e o jovem soldado estava todo ferido, mal se aguentava de pé.
- Muito obrigado por me divertir, como se chama meu jovem?
- Eu me chamo João e não pretendo morrer aqui hoje.
- Como gratidão antes de você morrer lhe direi meu nome. Eu me chamo Valzahar.
O último raio de sol desapareceu e a escuridão tomou conta do aposento, uma fumaça seguida por uma luz roxa apareceu no ponto mais alto do céu, raios iluminavam a noite, uma figura começou a tomar forma.
Um demônio gigantesco se materializou do lado de fora do castelo e começou a destruir tudo que via pela frente, porém o rei parecia diferente.
- Rápido, me mate, me mate!
- O que você está falando rei demônio? Ainda agora você queria me matar.
- Idiota! Esse demônio possui meu corpo a milênios, porem ao sol se pôr ele se materializa e eu fico livre, quando o sol nascer ele voltará para meu corpo.
- Mais você disse que é imortal.
- Sim, porem ele disse o nome dele para você. Use-o e me mate! Rápido se quiser salvar seu reino.
- E como eu faço isso?
- Pegue a espada e repita comigo.
Assim ele o fez.
- A escuridão reina o sombrio e a luz acima dos céus, a sombra nasce da luz daqueles que caem em seus devaneios, pelo poder do seu nome Valzahar eu liberto a luz e a escuridão.
Ele sacou a espada e atravessou o coração do rei demônio, um clarão tomou conta do salão e o jovem ainda pode ouvir as últimas palavras do rei demônio antes dele se desintegrar.
- Muito obrigado e me perdoe.
O corpo do rei demônio sumiu e o demônio que estava do lado de fora virou uma luz roxa que atravessou o teto e banhou a espada cinzenta.
- Finalmente acabou. – Ele soltou um longo suspiro e se virou para ir embora mais a espada do rei demônio continuava flutuando na frente do trono, era como se ela o chamasse. Ele entrou numa espécie de transe e caminhava lentamente em direção a ela. Uma voz no seu interior dizia para ele recuar mais a voz da espada era mais forte, quando ele ia tocar a espada ele escutou seu nome e voltou a si.
- João, você está vivo! Essa não, capitão.
- Ele foi morto pelo rei demônio, mais agora parece que acabou, nós vencemos.
- E essa espada? Ela está flutuando!
- Escute, precisamos sair daqui e nunca mais voltar, ninguém deve tocar nessa espada. Você me ouviu Anton, não conte a ninguém sobre essa espada.
- Está bem, mais é como se ela me chamasse.
- Ela está amaldiçoada, me ajude a levar o corpo do capitão, devemos sair o quanto antes.
Eles foram embora mais João ainda deu uma última olhada para espada antes de ir, o brilho roxo reluziu em seus olhos como se eles tivessem destinados a se reencontrar.